A evolução da mulher dentro da sociedade e no mercado de trabalho


O número de mulheres no mercado de trabalho mundial aumentou em 200 milhões na última década. O crescimento foi considerado o mais alto da história, mas, ao mesmo tempo, as mulheres ocupam as funções mais vulneráveis, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Brasil, as desigualdades encontradas pelas mulheres no mercado de trabalho ainda são grandes: maior desemprego, menos participação e mais informalidade, salários desiguais, segmentação ocupacional, dupla jornada e escassez de políticas que ajudem a conciliar o trabalho de reprodução social e aquele voltado ao mercado, quando as mulheres optam por ser mães e trabalhadoras.
A participação feminina no mercado de trabalho formal atingiu 43% em 2013, um aumento de apenas 1,1 ponto percentual desde 2009, quando o índice era de 41,9%. Apesar dos avanços, há muito o que ser feito. É o caso da presença feminina em postos de comando, ou seja, os empregos mais valorizados, com mais poder e mais bem remunerados continuam sendo majoritariamente masculinos. Dados do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas apontam que apenas de 6% a 7% de mulheres chegam aos cargos mais altos de direção nas empresas. Outro dado revelador: nove em cada dez trabalhadores domésticos são mulheres.
As desigualdades de gênero historicamente têm relegado as mulheres a uma realidade de inferioridade. Mesmo sendo mais da metade da população brasileira, com maior nível da escolaridade e mais anos de estudo que os homens, ainda assim recebemos salários menores. Na média, as mulheres ganham 30% menos do que os homens para exercer a mesma função, de acordo com pesquisas.
A ONU preconiza em seu estudo “Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: transformar as economias para realizar os direitos” que trabalho decente deve ser “adequadamente remunerado, exercido com condições de liberdade, igualdade e segurança, capaz de garantir uma vida digna para os trabalhadores e as trabalhadoras”.
No movimento sindical, a participação das mulheres segue os padrões da sociedade. Elas estão participando mais das direções dos sindicatos e da central.
Há muita luta e desafios pela frente, portanto, é preciso garantir as condições necessárias para que, de fato, a igualdade de gêneros aconteça no mundo do trabalho e em todos os espaços de representação.
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